sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Que tal ler os livros que os filhos estão lendo?

OE aí, famílias? Tudo bem?
                        Como andam as leituras?
                        Demorei a escrever nesta semana, pois estou muito focada produzindo meu segundo livro ( é, eu também sou escritora, dando os primeiros passos nessa estrada fascinante da literatura). Outro dia falo sobre meu primeiro livro individual de ficção aqui, ok? É, porque já escrevi outras coisas, mais técnicas, pesquisas, textos do tipo acadêmico mesmo.
                        Num dos posts que publiquei recentemente, comentei que o ideal é que procurássemos ler os mesmos livros de nossos filhos, até para sabermos de seus interesses e pensarmos em futuras aquisições de novos livros para eles.
                        Atualmente, estou lendo o “Jogador Número 1” , no original “Ready Player One”, de Ernest Cline, que meu marido leu e meu filho também.
                        A história ocorre no ano de 2044, e a Terra enfrenta uma crise tremenda, assolada por guerras, fome e desemprego. No entanto, os personagens da trama podem “escapar” dessas mazelas vivendo num mundo virtual utópico chamado OASIS, criado por um bilionário chamado James Halliday, um aficcionado pela cultura pop dos anos 1980. O protagonista, Wade Watts, vive conectado a OASIS, que nada mais é que um grande jogo, onde se pode fazer tudo, inclusive estudar. Ocorre que Halliday morre e deixa uma enorme fortuna de herança para quem descobrir os easter-eggs que ele escondeu no ambiente de OASIS.
                        Bem, estou ainda no início e, confesso, não é exatamente o tipo de livro que eu leria. Mas vale a pena conhecer o universo de leituras de nossos filhos, até para eles sentirem que estamos valorizando suas escolhas.

                        Fica a dica: Leia os livros que seus filhos estão lendo. Troquem ideias. Divirtam-se juntos!

                                                 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Inventar histórias com dedoches é uma boa atividade para se fazer em família.


Quando meu filho era pequeno, comprei uns dedoches de tricô numa feira de artesanato. Para quem não sabe, os dedoches são espécies de fantoches para colocarmos nos dedos. Eram dedoches de bichinhos: beija-flor, leão, macaco, tartaruga. Então ia colocando um a um nos dedos de minhas mãos, criando uma voz diferente para cada um deles e inventando uma história na hora. Depois, começava tudo de novo, colocando alguns bichinhos nos dedos de meu filho, outros nos meus e criávamos juntos outra história. Dávamos boas risadas com essa brincadeira.
            Nas lojas de brinquedos pedagógicos, e mesmo em livrarias, encontramos dedoches de personagens de contos de fadas, que vêm, às vezes, junto com os próprios livros. Nesse caso, podemos unir o útil ao agradável: lemos o livro e podemos dramatizar a história com os dedoches. E o mais legal é que nossos filhos podem  atuar junto.
            Outra atividade bem interessante que pode ser feita com os dedoches são vídeos, usando o próprio celular. Enquanto a cena está sendo dramatizada, tanto por nós, quanto pelos filhos, alguém pode filmar. Depois todos podem assistir. Há programas bem intuitivos de edição que podem ser usados para trabalhar o filme posteriormente. Nesse caso, até os filhos mais velhos podem participar.
            Muitos leitores podem pensar: sim, mas comprar esses materiais custa caro. Em alguns casos, dependendo do livro, do material dos dedoches e de quem os fez, isso pode ser verdade. No entanto, nós mesmos podemos confeccionar os dedoches. Na internet, há vários tutoriais que ensinam a como fazê-los. Aliás, criar os dedoches com os filhos, para, depois, contar as histórias,pode ser mais divertido ainda.
            O importante é que não deixemos de passar sempre algum tempo com nossos filhos, trocando afeto, conversando, contando histórias e lendo!
            Então, o que está esperando?
            #partiucontarhistóriascomdedoches
            
            Abaixo, uma foto com dedoches do Pequeno Príncipe, confeccionados na Quiosque Craft.


                  * Deixo, aqui, algumas sugestões de links para  pesquisar dedoches:


                  http://www.painelcriativo.com.br/2016/10/24/como-fazer-dedoche-         


      * Para assistir a um vídeo que eu mesma fiz com dedoches, acesse minha página:                       https://www.facebook.com/babadosliterarios/

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Ler para os filhos é prazeroso, mas exige alguns cuidados


           No último post, comentei que era importante que também lêssemos os livros que nossos filhos estão lendo, não apenas para saber de que tratam, mas para podermos trocar algumas ideias com eles. Isso, é claro, considerando crianças já alfabetizadas, com algum percurso de leitura, como é o caso de meu filho, que tem  certa autonomia como leitor.
                   Mas, e quando eles ainda não sabem ler e dependem totalmente de nós?
Será que basta comprar o livro e, assim que chegar em casa, abri-lo e começar a ler ?
            Nunca vou me esquecer de uma aula de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, na Faculdade de Letras, quando, ao estar dando uma aula de interpretação de texto para meus colegas, um deles, fazendo papel de aluno, me perguntou sobre uma palavra:
      Professora, o que é um “riacho”?
            Nossa, não parece tão fácil? Pois é, mas me enrolei toda para explicar. Até porque, outros colegas não deixaram a tarefa mais fácil:
      Professora, qual a diferença entre rio, riacho, lago e lagoa?
            Na época eu tinha dezessete anos. Era muito inexperiente. Mas esse exercício proposto por minha professora tinha exatamente esse objetivo: mostrar que, antes de trabalharmos qualquer texto, devemos lê-lo e preparar a leitura. Isso inclui o estudo do vocabulário.
            Assim, antes de lermos para nossos filhos, é bom que façamos uma leitura prévia da história, para não sermos pegos de surpresa, caso nos perguntem sobre alguma palavra do texto. Isso também garante que entendamos o contexto onde se movimentam os personagens e como eles atuam: se, por exemplo, o personagem é um monstro, fazemos voz de monstro; se for uma formiguinha, falamos fininho, com a voz mais baixa, e assim por diante. As crianças adoram essas modulações de voz. Com o tempo, à medida que repetirmos a leitura da mesma história (essa é outra característica da criança pequena: adora repetições), nossos filhos começam a participar da leitura também, imitando as vozes dos personagens.
            Fica a dica: Prepare sempre a leitura dos livros que for ler para seus pequenos.

            Até o próximo post!

domingo, 10 de setembro de 2017

Diário de um Banana sim, por que não?

IDiário de um Banana sim, por que não?

            Muitas pessoas me perguntam o que penso sobre a famosa série criada por Jeff Kinney, cujo protagonista é um menino que vai crescendo junto com os volumes dos livros e que tenta ser popular na escola de qualquer jeito, infelizmente sem sucesso.
            Meu filho leu todos os volumes e se divertiu muito com todos eles. Como já disse em outros posts, não há restrições sobre materiais de leitura aqui em nossa casa, desde que julguemos que o conteúdo não seja impróprio à idade de nosso guri.
            O que fiz ao longo de alguns volumes, foi ler junto com ele e discutir, tentando não ser “patrulha moralista”, por exemplo, alguns aspectos do comportamento do protagonista, que chega, em um episódio, a ponto de trair seu único amigo. A falta de escrúpulos do menino é assustadora! Aliás é sempre bom ler aquilo que seu filho está lendo, até para poder trocar  umas ideias com ele e estar por dentro do assunto. (Noutro post falarei mais sobre isso.)
             No entanto, o mundo escolar e familiar retratado no livro contém elementos muito semelhantes ao real: o famoso bullying, que sempre existiu, mas agora está catalogado, impera na série. As diferenças entre as classes sociais (o melhor amigo de Greg, Rowley, tem mais recursos econômicos, e Greg pontua sempre essa diferença) também são mostradas; há os “freeks”, os “nerds , “os valentões” e todos os tipos identificáveis no ambiente escolar, claro, do ponto de vista do protagonista. Isso sem falar no núcleo familiar do personagem principal, que tem um irmãozinho pequeno e um bem mais velho, o que gera um série de conflitos.
            Por todos esses motivos, a identificação da meninada é imediata com o conteúdo dos livros da série.
            Nossa postura em casa é de não rejeitar um livro por antecipação, quer por ser eminentemente comercial ( como é o caso), ou por ser tachado de “baixa literatura”. Nossa premissa é de que o mais importante é que nosso filho esteja lendo sempre e de tudo. Até para que ele próprio comece a ser crítico daquilo que ele lê: como será capaz de discernir o que vale ou não a pena se a ele for vedado o direito de ter acesso a todo o tipo de leitura?
            Quanto a nós, pais, cabe ofertar a maior variedade possível de títulos e gêneros a nossos filhos. Podem ter certeza, eles saberão escolher e serão leitores bem exigentes.
Fica a dica: #ofereçalivrosvariadosaseusfilhos