Oi, gente.
Fazia bastante tempo que não
aparecia por aqui para trocar umas ideias com vocês.
Na última postagem, falei sobre a
importância de começarmos a ler para nossos filhos desde que eles estão lá em
nossa barriga, no bem bom.
Lembram?
Quando nossos filhos estão
maiorzinhos, com 1 ano e meio já dá, vale a pena introduzir livros que
contenham rima, abinhas de puxar e pop-up (aqueles com dobraduras que saltam
das páginas, à medida que as abrimos.)
Meu filho, por
exemplo, adorava dois livros da autora Claudia Bielinsky (Cia da Letrinhas), cujo personagem central,
um cachorrinho muito fofo, procura beijinhos pela casa toda ( embaixo do
edredom, dentro do armário, atrás da cortina). Enquanto lemos o texto, junto
com a criança, vamos levantando o edredom ( todo de papel), abrindo as portas
dos armários, levantando cortinas, ajudando o cachorrinho a procurar os
beijinhos e, nessa busca, conceitos importantes como família, casa, pais,
irmãos vão sendo trabalhados. Aliás, considero a escolha do conteúdo fundamental: às vezes o livro é mais forma do que conteúdo: muito som, cor, imagem, mas o texto deixa a desejar. Então, uma leitura prévia do material é uma boa prática a ser adotada, pois já estamos formando um futuro leitor. Lemos muitas e muitas vezes esse livro da Cláudia e outro da
mesma coleção , o Esconde-esconde na escola.
Livros desse tipo, chamados livros-brinquedo,
são muito atraentes nessa faixa de idade; isso sem falar no texto escrito em
forma de poesia ( o jogo sonoro de palavras atrai muito as crianças pequenas).
Nessa fase, devemos estar preparados para ler e reler muitas e muitas vezes o
mesmo livro para os pequenos, pois adoram a repetição. Vale a pena
insistir, pois o resultado compensa, sem falar no quanto de carinho, afeto e
amor trocamos com nossos filhos nesses momentos de leitura em família.
Sempre trabalhei fora– sou
professora e cheguei a trabalhar três turnos– mas nunca deixei de ler para meu
filho, especialmente antes de colocá-lo para dormir. Às vezes, eu chegava
cansada do trabalho e pensava em “pular “ a leitura daquela noite. Mas a
lembrança dos momentos afetuosos, lúdicos e prazerosos de leitura junto com meu
menino me encorajava a pegar o livro e seguir em frente. Sentava na poltrona,
antes usada para a amamentação, colocava meu filho em meu colo, envolvendo-o em
meus braços, e , nas mãos, sempre um livro a guiar nossos “momentos literários
“. Tenho certeza de que foram guardados com carinho por meu filho
também, porque, certa vez, na escola, quando perguntado sobre as situações em
que mais gostava de estar comigo, respondeu que era quando eu o colocava para
dormir e lia para ele.
Viram só? Ler para os filhos desde
sempre vale muito a pena!
Beijos e até o próximo post!